Desperto no meio da noite com um calafrio, nada de temores, apenas a doce sensação semelhante quando o afago dos leves toques dos dedos percorrem a coluna vertebral até alcançar o pescoço e acariciar os cabelos...
O quarto escuro, a noite escura, a fraca luz lunar adentrando as venezianas fechadas, o sono esvaindo-se entre vultos e pensamentos, como as cores que somem dos olhos tomadas pela pupila dilatada impregnada de sonhos e imagens.
Tudo é espera, é pausa. Quantas lembranças inconscientemente carrego? Quantas imagens conscientemente imagino? Modelo minhas ilusões, afogo a solidão em falsas companias.
Procuro algo real enquanto a mastigo a insônia criada pela minha própria ausência.
O que difere o real do imaginado? Quem arriscaria tornar-se real para alguém que é simplesmente imaginado?
...
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O quarto escuro, a noite escura, a fraca luz lunar adentrando as venezianas fechadas, o sono esvaindo-se entre vultos e pensamentos, como as cores que somem dos olhos tomadas pela pupila dilatada impregnada de sonhos e imagens.
Tudo é espera, é pausa. Quantas lembranças inconscientemente carrego? Quantas imagens conscientemente imagino? Modelo minhas ilusões, afogo a solidão em falsas companias.
Procuro algo real enquanto a mastigo a insônia criada pela minha própria ausência.
O que difere o real do imaginado? Quem arriscaria tornar-se real para alguém que é simplesmente imaginado?
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Eu, eu me arriscaria.Pelo menos eu acho.
ResponderExcluirA descrição da cena - sobre a luz e mais detalhes me lembrou muito Bukowski.
Como eu gosto das coisas que tu escreve.Não digo por reciprocidade - também, é claro.Mas digo mais porque me realmente me identifico com a tua literatura.
Esse foi curtinho, mas deveras bonito.
Ps.: E, ainda que tarde - comentei:P
Beijo.