quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Feito por alguém, para alguém

Dê-me algo imutavelmente verdadeiro:
Como o orvalho da manhã,
Como as pálpebras que pesam e põe-se a sonhar durante a noite calma.

E se não conheceres essa realidade que proponho,
Siga meus passos tristes e aflitos,
Que te mostrarei o segredo frio e belo
Do amanhecer que brota e acaba por despertar-nos:

Eu não desejava assim,
Queria que a noite perpetuasse...
Pelo menos para que eu pudesse contar-te tudo o que vejo
Naquele momento doce que meus olhos encerram-se com teu beijo
E que meu corpo acende-se para a vida.

Já que não tenho coragem suficiente para falar-te,
Escrevo essas palavras que oram, pedindo-te novamente,
Por aquela fatalidade feliz que é teu beijo,
Por aquele encanto vibrante que é teu amor...

E se essa for a verdade imutável que procuro,
Então, poderei deleitar-me no sono profundo,
Tocar a superfície úmida da minha consciência,
E depois disso, talvez acorde feliz.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Breve

Caminho lentamente nesta manhã, passo a passo, quase sem ruídos.
Pingo a pingo que toca a superfície do meu corpo é como se fosse carícia da chuva em minha pele.
O céu monocromático exibe um cinza sonolento, os carros dançam na pista úmida, confundem-me com seus faróis brilhantes.
O vento impacta contra meu corpo, como se fosse um abraço, guia-me até o outro lado, guia-me por toda a rua!
Retratos de uma manhã de verão...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Impressões


Eu sinto o cheiro da chuva que vem, eu sinto que os ventos mudam, eu sinto que minha sorte sorri.
*Algumas palavras foram embora. Algumas imagens desbotaram.

Mas sinto o cheiro das flores, das folhas e da terra. Sinto que sigo certo, que a estrada é mesmo essa.
*Alguns versos novos surgiram. Alguns momentos geraram novas lembranças.

O olhar brilha como um candeeiro, sob o luar que desponta no céu. Pensamentos soltos de um espírito torto - aceso, incandescente, abrasado, inflamado, ardente.

Negrito