quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quando meus óculos ainda não tinham quebrado.
Enquanto o dia ainda não raiava.
Em um tempo que bastava que eu sentisse o vento no rosto para saber o que estava acontecendo ao meu redor.
Foi a muito tempo, e foi ontem.
Eu me achava mais esperta... Tão altiva, tão sagaz... Tão boba.
Sou tão fútil e tão comum como todas outras pessoas.
Não sou mais forte que ninguém, na verdade, derrubo mais lágrimas por motivos infantis que qualquer um.
Tão previsível e suscetível.
Caminho muito rápido e acabo engolindo meus próprios passos.
A noite vem chegando e no escuro turvo chego a confundir as árvores.
Eu só quero me olhar e enxergar um pouco mais de mim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Caixas empilhadas na sala,
Lugar de destino à espera.
Mais uma mudança, mais uma caminhada.
Tijolos a vista na entrada, um pouco de cupim nas janelas, mais lembranças a transportar...
O que me espera a partir dos próximos dias?
O que importa é que hoje chove
e de alguma forma misteriosa a chuva sempre limpa tudo,
apaga provas, torna-se álibi, renova emoções.
O que importa é que hoje chove
e sempre que chove meu coração umedece de sentimentalismo,
pelo menos dessa vez eu terei onde encostar a cabeça e sentir um doce afago;
Ainda busco a intemporalidade...